2 - Canção
3 - Canção Infantil
5 - Vêm da infância
7 - Frutos
2 - Canção
3 - Canção Infantil
5 - Vêm da infância
7 - Frutos
...e mais sinais de que é possível.
Encontrei no blog Terrear outro (de vários) exemplo de conquistas neste território difícil.
Atenção ao destaque, dentro do destaque.
Quando assim é, é um prazer, de facto...
Via Terrear
Aonde iremos...? A lugar nenhum... a todo o lado!
Texto belíssimo. Música e interpretação a condizer.
No barco sem ninguém, anónimo e vazio,
ficámos nós os dois, parados, de mão dada...
Como podem só dois governar um navio?
Melhor é desistir e não fazermos nada!
Sem um gesto sequer, de súbito esculpidos,
tornamo-nos reais, e de madeira, à proa...
Que figuras de lenda! Olhos vagos, perdidos...
Por entre nossas mãos, o verde mar se escoa...
Aparentes senhores de um barco abandonado,
nós olhamos, sem ver, a longínqua miragem...
Aonde iremos ter? — Com frutos e pecado,
se justifica, enflora, a secreta viagem!
Agora sei que és tu quem me fora indicada.
O resto passa, passa... alheio aos meus sentidos.
— Desfeitos num rochedo ou salvos na enseada,
a eternidade é nossa, em madeira esculpidos!
David Mourão-Ferreira, "A Secreta Viagem"
José Sócrates esteve, na semana passada, no centro da Europa, tendo passado por Paris.
Dizem as más línguas que terá sido nessa viagem que lhe fizeram um ultimatum (desta vez à francesa ou à alemã) sobre as contas públicas.
Mas não é disso que quero falar hoje.
Ao folhear o Sol, esta manhã, deparei-me com uma crónica do Mário Ramires (que não conheço e creio que li, hoje, pela primeira vez) sobre essa visita a um Liceu, em paris, onde Sócrates terá citado Pessoa. (não ficou o link para a crónica de Mário Ramires, porque o mesmo ainda não está disponível no site do SOL.)
Muito interessante perceber qual o poema citado e, mais curioso ainda, por que razão terá o nosso primeiro ministro decidido recomendá-lo aos estudantes presentes como "o melhor poema do mundo".
Quem diria... Escutem-no bem. Sinal extraordinário do estado de espírito do timoneiro do estado português. Creio até que não exagero se disser que estamos perante um exercício de alguma profundidade em matéria de auto-análise...
Para os que não querem saber de política, fica o apelo para que também escutem o poema, porque ele é, de facto, boa literatura!