"Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender." Pascal

07
Out 10

Já tinha mostrado este vídeo no Facebook, por estes dias.

 

 

Hoje leio um comentário no Correntes e identifico-me na leitura.

A questão que se coloca é: duraremos mais 150 anos para chegar a este nível?

É que há muito boa gente que esquece o passado.

Dizia o novíssimo Nobel da Literatura, Vargas Llosa , (em entrevista a Carlos Vaz Marques que deve passar hoje na TSF), que acredita mais nas mudanças lentas e progressivas, do que em revoluções. Acredita porque a História se encarregou de lho ensinar, faz questão de acrescentar.

 

Então, não sigamos utopias: um país não se muda em 30 anos! Nem se faz de índices e estatísticas! E quem nos quer todos (europeus) à mesma velocidade, só pode viver noutra realidade...

 

Como ouvi por estes dias num corredor de tribunal, ainda somos só um arremedo de estado de direito.

publicado por Ricardo Antunes às 16:48

13
Mai 10

Deixo uma referência de leitura, numa altura em que a Europa parece não perceber muito bem para que lado se virar.

Para mim, que estudei Clássicas, é penoso ver o estado a que chegou a rainha das cidades-estado. Mas mais penoso é ver que a Europa não dá sinais de perceber algo que me parece simples: sem as referências básicas que deram origem àquilo a que chamamos civilização europeia (para não dizer Ocidental), todo o edifício da Europa ruirá.

 

O livro que deixo em recomendação é o Danúbio, de Claudio Magris. Uma leitura difícil, pela quantidade de referências histórico-culturais, mas a prova de que filosofia e literatura não são, de todo, incompatíveis.

 

imagem daqui

Resenha daqui.

Danúbio, de Claudio Magris, é um dos grandes romances europeus do nosso tempo - um romance classificado na categoria de literatura de viagens, cujo tema principal serve de pretexto para explorar e dissertar sobre a cultura centro-europeia, ou seja, da Mitteleuropa.
Danúbio obteve o Prémio Príncipe das Astúrias das Artes em 2004. No entanto, o romance foi escrito durante o período do alargamento da União Europeia, no início dos anos oitenta do século XX.
Magris serve-se do Grande Rio que a travessa a Europa Central como se fosse o fio de Ariadne, isto é uma linha de orientação para atravessar o conjunto de culturas e etnias que se entrecruzam, sobrepõem mas raras vezes se misturam ou diluem umas nas outras insistindo, pelo contrário, no esforço de preservar uma identidade cultural face à força do federalismo e da standartização cultural e económica. Essa viagem através do Danúbio (atravessando a Alemanha, a Áustria, a Hungria, a antiga Jugoslávia, a Roménia e a Turquia), o grande rio europeu, é a viagem pela história e pelo imaginário do nosso continente. Uma obra-prima.

Claudio Magris

Editora: Quetzal

publicado por Ricardo Antunes às 00:58

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