"Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender." Pascal

28
Fev 14

Enquanto não alcançares a verdade, não poderás corrigí-la.
Porém, se a não corrigires, não a alcançarás. Entretanto, não te resignes.
Do Livro dos Conselhos

Sabem os que me conhecem que tenho trabalhado, entre outras coisas, como Revisor de livros. É uma tarefa de que gosto, que aprecio e que fui aprendendo a fazer, já que não há propriamente cursos para tal.
Também sabem da minha paixão por Saramago. Aprecio-lhe a fala, o discurso, as estórias e o desafio constante à realidade estabelecida. Um e outro, são gostos. Discutíveis, portanto, mas parte do que me aquece a alma. Gosto por trabalho é coisa que vai escasseando. Gosto por Saramago é comprar guerras com muitos. Vem esta conversa toda à guiza por se ter dado o curioso facto de, entre muitos livros lidos de Saramago, eu nunca ter lido a História do Cerco de Lisboa. Não foi por falta de avisos, do próprio autor, que em variadíssimas entrevistas me alertou para essa necessidade. Aconteceu. É assim. Coisas de quem leu a obra de diante para trás. Ora acontece que, tendo comprado, já há umas semanas a dita obra, só ontem tive a disponibilidade para lhe pegar. E foi com espanto e fascínio que descobri, logo nas primeiras linhas, que se trata de uma estória sobre um Revisor. Precisamente sobre o revisor da obra História do Cerco de Lisboa. Brilhante, mais uma vez, Saramago. E fascinante para mim, iniciado nas lides de revisão.
Tenho tanto para aprender...


"Acima de tudo, primeiro mandamento do decálogo do revisor que aspire à santidade, aos autores deve-se evitar sempre o peso de vexações."

publicado por Ricardo Antunes às 23:53

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