Como muitos sabem, as pontes do IP3 encontram-se quase todas em obras. Nalguns casos, até parece que irremediáveis. Isso tem trazido imensos atrasos a quem tem de por lá passar diariamente, uma vez que há trânsito alternado e é preciso esperar pela abertura dos semáforos. Ora, acontece que continua a ser o percurso possível para muitos, entre Viseu e Coimbra. E foi também o meu, ontem de manhã.
Ao chegar a uma delas, lá estava o semáforo fechado e umas duas dezenas de carros à minha frente. Só que, em vez de abrir, o semáforo foi substituído por uma brigada da GNR. E o semáforo lá continuou, a abrir e a fechar. Mas andar, nada. O Sr. agente lá estava, à frente do trânsito, olhando para a ponte. A espera prolongou-se e a impaciência começava a aumentar, especialmente para quem trazia 3 crianças no carro. 20 minutos depois da interrupção do trânsito (e sem que houvesse alguma informação aos muitos condutores parados), aparece um BMW escuro cheio de luzinhas a piscar. E mais umas Motas da GNR. Depois, o vazio. Durante mais 15 longos minutos. Relembro que o trânsito estava parado e a ponte, deserta. Só 35 minutos depois da paragem, surgiu a razão: a comitiva Presidencial, a caminho de Nelas e Carregal.
Se é louvável que o Sr. presidente corra o risco, comum a tantos outros portugueses, de vir pelo IP3, e não pelas auto-estradas A1 e A25, a verdade é que é uma falta de respeito por parte de quem trata da logística da deslocação, obrigar dezenas ou mesmo centenas de pessoas a uma espera de mais de meia-hora, sem qualquer informação, para que passasse a comitiva. Uma vergonha!
Hoje fui ao Porto a um Encontro interessantíssimo sobre Leitura.
Organizado na Escola Superior Paula Frassinetti, pela mão da amiga Cristina Vieira, permitiu uma magnífica troca de projetos e reflexões sobre a promoção de estratégias de animação e promoção de leitura.
A conferência de abertura ficou a cargo da sempre interessante Doutora Fernanda Leopoldina Viana, que veio relembrar o óbvio: para ler ser um prazer, é preciso saber ler. Esta senhora tem uma produção absolutamente extraordinária e que vale a pena espreitar. Pelo meio ainda pudemos ver vários projetos de promoção de leitura, rever a Emilia Miranda e os seus voos do Netescrit@ ou conhecer os Nuestros Hermanos los Indios Pieles Rojas e as suas propostas de animação de leitura. O encerramento ficou na mão e magia da Kalandraka, na voz o próprio Xose Ballesteros, editor e autor.
Pela minha parte, participei, com o António Marcelino, com uma apresentação sobre Leitura a Par e envolvimento parental.
Grande dia de investigação e reencontro de amigos.