Sinto sempre fascínio por explicações simples para fenómenos complexos.
A resposta que vais obter, depende em grande parte da pergunta que fores capaz de fazer!
E se, de repente, uma notícia de jornal, sobre um banal acidente ou sobre o tempo que faz, se transformassem em pérolas literárias?
E se um camião fosse visto como um transformer? E se o Atlântico aparecesse deprimido?
Metáforas descabidas? Não! Peças de literatura.
Leiam e deliciem-se (vão por mim: não se fiquem pelos excertos... vale a pena ler os textos completos!):
Exemplo 1.
Exemplo 2.
Agora perguntemos, em coro: o que faz um escriba destes numa redacção do JN, encarregue de assuntos triviais?
Chega-me, via facebook de José Manuel Fernandes, esta preciosidade.
Lembro-me de a ter lido, algures em 1995, numa aula de Didáctica do Português.
Bem aparecida seja!
"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, por cada vilão há um herói, que por cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que por cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros do céu, as flores do campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir a todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando esta triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja que pode fazer, caro professor."
Abraham Lincoln, 1830
Neste ano lectivo, regresso às aulas.
Depois de alguns anos a dar aulas a "meninos grandes", e de um ano absolutamente fantástico na formação PNEP (a propósito, se ainda não nos visitou, esperamos que nos apoie no Movimento Volta PNEP), volto à Secundária.
Muita novidade, muitos "dejá vú", e, acima de tudo o regresso a um mundo onde comecei a formar-me enquanto profissional.
É interessante este regresso, especialmente porque pensei muito e reflecti muito sobre determinadas práticas que agora posso experimentar novamente na 1.ª pessoa.
A ver vamos como corre!
Olá
Depois de um atribulado Verão, regresso ao Blog.
As minhas desculpas pela ausência não justificada.