"Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender." Pascal

26
Abr 10

No dia 22 de Abril fui, com os Formadores Residentes PNEP do Núcleo Regional de Viseu, visitar a Escola da Ponte, em Vila das Aves.

Não se trata de uma visita de estudo normal. Nem fomos bem visitar uma escola. Fomos antes visitar um Projecto.

 

Pela minha parte, o namoro começou há alguns anos, quando comecei a ler referências várias a este Projecto.

De tal forma me (nos, para ser mais preciso, uma vez que o Rui Prata, meu colega na altura, também me acompanhou nesse entusiasmo) entusiasmei pelo que fui lendo, que a Carina, aluna de um Curso de Formação de professores, decidiu fazer um trabalho sobre esta escola. Este trabalho, orientado pelo Rui, acabou por nos trazer mais informação e aguçar ainda mais o apetite.

 

Depois encontrei-me com o mentor do projecto, via Youtube.

 

 

É tal a diferença entre aquilo que nos é dito sobre esta escola e os modelos que conhecemos, que não podia deixar de ter esta curiosidade e vontade de visitar. Nas funções que desempenho, neste momento, essa curiosidade acresce, na medida em que tenho a obrigação de apresentar as condições que corporizem muitas das propostas que vou apresentando e defendendo.

 

E uma vez mais a Escola da Ponte aparece como referencial ímpar.

 

É uma escola muito engraçada, não tem salas de aula, não tem turmas divididas por faixa etária, não tem testes, não tem nada. Nada da escola tradicional que conhecemos. É uma escola feita com muito esmero em Vila das Aves, Portugal.

Na Escola da Ponte, as crianças decidem o que e com quem estudar. Em vez de classes, grupos de estudo. Independente da idade, o que as une é a vontade de estar juntas e de juntas aprender. Novos grupos surgem a cada projeto ou tema de estudo.

Quem ouve falar dela pela primeira vez hesita em acreditar. Surpresa maior só mesmo de quem a conheceu nos anos 70. A Escola da Ponte era uma escola muito engraçada, não tinha bancos, não tinha mesas, não tinha nada.

daqui

 

A visita correu muito bem.

Chegámos e fomos guiados pelos alunos, como sempre acontece. Depois reflectimos com a Coordenadora.

Creio poder falar por todos quando digo que é um choque entrar neste mundo, tal é a diferença entre o que conhecemos e imaginamos e aquilo que encontramos lá.

 

Aquilo que desde sempre me deixou mais curioso é a forma de trabalho dentro do projecto: salas que não são salas, professores que são bem mais que professores, muito trabalho de cooperação e, acima de tudo, AUTONOMIA do aluno.

 

É ele que escolhe o que quer aprender, quando quer e como quer.

E é ele que escolhe quando quer ser avaliado, sobre o que será a avaliação e como quer ser avaliado.

Imaginam?

 

A conclusão óbvia é a de que não chegou estar lá umas horas.

 

Mas acredito que é possível :)

As fotos são da Helena Silva

publicado por Ricardo Antunes às 22:46

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